terça-feira, 23 de novembro de 2010



Mais um copo de vinho, por favor.
Sim, mais um trago, que eu preciso dar.
Porque diante de tudo, diante de toda a situação, ouvir tudo aquilo
                                                                           - e logo de você
Era tudo o que eu não precisava.
Mas certa vez, meu caro amigo, um grande compositor de nome Cassiano
que também escreveu sobre a lua e ele mesmo,
Disse: "Um dia você vai ouvir de alguém o que ouvi de ti,
então irá pensar como eu sonhei em vão."
Um sonho muito mal começado, vale ressaltar.
Um sonho fantasiado com mínimas possibilidades, onde ninguém tem culpa,
onde ninguém pensa, tudo o que há, meu amigo homem, é o desejo, é a carne, é o sexo profundo,
aquele mesmo que tantos aproveitam como a boca vermelha de uma bela dama, aquela mesma,
pela qual você olhou, olhou de novo, e olhou mais uma vez.
E onde há amor platônico, há sentimento, meu bem. 
Onde há este tão diferente amor, há sofrimento, meu tão grande bem.
Mas, meu tão grande bem,
não há como seguir. Não se dá chance duas vezes a um mesmo coração partido.
Por isso, fico eu aqui, com meus cigarros, vinho,
e claro, minha e só minha,
Lua.

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