segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Calma.



Respira, moça. Respira.
Acalma tua voz, e deixa essa urgência de amar pra lá.
Você sabe, não sabe?
Deixa que a vida mostra.
Mostra tantas coisas.
Mostra o quanto eu te gostava.
mostra que você me perdeu.
mostra que amor igual, jamais vai ver de novo.
E que o meu era o maior.
Mostra também que ninguém vai te dar tanto valor. Sabe porque eu sei disso, moça?
Porque te dei mais valor que a mim.
Moça, me escuta. Acalma-te.
Acalma-te, que eu sei, o pior ainda está por vir.
Acalma e prepara, porque este braço não vai mais estar aqui pra te amparar, moça.
Mas se servir de consolo, lembra-te que eu te amei.
Te amei como ninguém. E por mais que tu não tenhas mais esse amor tão puro,
lembra-te que já teve. Só não lembra-te que perdeu, não.
Você vai chorar nessa hora, moça.
E sabe? Eu continuo amando seu sorriso, e quero que ele permaneça aí, onde está.
Mas ei!
Acalma-te.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Esse Alguém.



Hoje eu estava sentada em um lugar muito calmo, com muitas árvores, e haviam duas crianças brincando, e céus! Como aquilo era lindo! Eu me lembrei tanto de mim no passado... As risadas, as brincadeiras...
Eu, particularmente, detestava crianças. Mas um alguém meio que me ensinou a gostar delas.
Esse alguém já não faz mais tão parte da minha vida, não por morte, e dou graças por isso. Mas mesmo que fosse por morte, esse alguém viveria em meu coração. Olhos negros e sorriso aberto, como sempre foi e como sempre deveria ter sido. 
Mas voltando, esse alguém me ensinou a gostar de crianças. Eu quase até morria de medo delas, e esse alguém dizia: "São só crianças." E hoje, depois que tudo já passou, e depois que esse alguém se foi, eu consigo ver: São só crianças. E são lindas. Quando riem, quando aprontam, quando choram. São lindas. Assim como esse alguém. Assim como esse meu alguém.