quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Estágios.


Ser. Estar. Permanecer. Ficar.
Ficar aqui, observando você.
Começar. Tornar. Brigar. Trazer.
Te trazer pra mais perto de mim.
Quebrar. Construir. Custar. Partir.
Partir pra longe. Partir meu coração.
Fazer. Cair. Encontrar. Sentir.
Sentir tua respiração no meu rosto.
Perdoar. Ter. Voar. Manter.
Manter aquele sentimento intacto.
Machucar. Saber. Voltar. Es-que-cer.
Esquecer de toda a mágoa.
Superar. Conhecer. Ensinar. Entender.
Entender como tudo chegou até aqui.
Abrir. Caber. Dormir. Aprender.
Aprender a amar mais uma vez.
Confiar. Terminar. Levantar. Ques-tio-nar.
Questionar o amor, a vida, o porquê, a ferida.
Viver.
Com você.
Feliz.
Sem temer.
(...)
Viver.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mais um dia. Mais uma vida.



Em um certo dia, não muito diferente dos outros 'normais', sol, nuvens, calor, rotina,
cheguei naquela sala, aquela mesma que eu faço parte há nove anos, e nunca me senti realmente parte dela, e vi aquela menina que era sempre sorridente, sempre brincalhona, esbanjando alegria, de cabeça baixa.
Cheguei, me sentei, observei.
Um sorriso aqui e acolá, mas nunca do mesmo jeito.
Passaram-se uma hora, passaram-se duas, e na terceira, não aguentei, levantei e fui perguntar.
- Você está diferente. Está triste? Aconteceu algo?
Ela me olhou, no fundo de meus olhos, mas balançou a cabeça negativamente e se virou.
Antes mesmo que ela pudesse voltar a sua conversa com as outras meninas 'alegres', eu mesma respondi:
- É, aconteceu algo.
Ela apenas se virou, me olhou com um sentimento que eu não pude identificar qual era. E voltou para a conversa.
Voltei ao meu lugar, me sentei, esperei um pouco, a chamei.
- Só me diga. Eu estou errada?
Ela novamente me olhou, me encarou, não sei se foi ilusão, mas seus olhos me pareceram encher-se de lágrimas e quando estava prestes a dizer algo, ela apenas jogou o braço para o ar, com descaso.


É, isso realmente aconteceu, não há muitos dias.

E é. As pessoas preferem fazer descaso da própria infelicidade do que tentar compartilhar com alguém.
Isso me deixa, de fato, triste.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um primeiro dia. Uma primeira vida.


Transcrevo no papel tudo o que sinto.
Sempre foi e sempre é assim.
Porque eu só sei de todo mundo
e só ninguém sabe de mim.
"Isso é responsabilidade sua." Foi o que eu sempre escutei.
"Isso foi irresponsabilidade sua." Este eu já até decorei.
Disseram que sou fechada. Fria. Quem sabe Amarga até demais.
E ninguém sabe, que o que eu sinto é dor.
Ninguém sabe, que o que eu quero é paz.