quarta-feira, 18 de maio de 2011

Warning.


E se eu disser que vai doer
o que você iria fazer?
Se eu pudesse te avisar
o quanto você iria se magoar?
Você iria desistir?
Você iria continuar?
Me diz?
Me diga, me conte, me fale.

Deixa só eu te contar...
Sempre vai doer.
Não importa o que vá acontecer.
Sempre,
Vai doer.
Você pode até ser feliz
Mas ainda vai quebrar muito a cara
e quem sabe
o nariz. 
E escuta
Só me escuta.
Vai doer.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Hoje não tem imagem. Nem idade.

Quando o dia acabar, e o sol for indo embora
neste mesmo instante, e não noutr'ora
pense em mim.
Quando tudo parecer ruim
e o mundo tentar te agredir
pense só e somente em mim.
Quando a vida te surpreender
e você não conseguir se reerguer
não só pense em mim, me chame.
Porque eu vou estar do seu lado.
Eu vou te segurar pelos braços
e com o meu mais protetor abraço
você enfim, vai sorrir.
Porque meu amor não é o mais puro
Também não é o maior.
Mas dentre tantos nesse mundo
ele é o verdadeiro, 
e só.

terça-feira, 10 de maio de 2011

O neném de olhos azuis.


Eu tava perdido, mesmo estando no meu lugar
passeando e flutuando pelas ruas da cidade
possuindo um amor, daqueles que são raridade
insatisfeito com a vida, abrindo toda a ferida
perdido, fodido. Vivendo em vão.
E em vários estilhaços, o meu coração.
E no dia 15, na rua Z,
eu pude olhar aquele bebê.
Se tivesse dois anos, eu digo que é muito.
Uma linda menina, olhos azuis.
Ensangüentada. Ferida. Molhada.
Foi um caminhão, daqueles de estrada
e da vida dela, não restou nada.
Seu pai chorava, desesperado. Ele só queria lhe mostrar a cidade.
Fora seu primeiro e último passeio.
Ela tinha toda a vida pela frente.
E eu da vida, era um descrente.
E depois do diz 15, da rua Z e de ter visto morto, aquele bebê
eu pensei: Minha vida é boa e não é a toa.